591 [= RM 25,7]: Don Denis «Amiga, faço-me maravilhada» [B 573, V 177]

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B


Amiga façome marauilhada
Como pode meu amigo uyuer
Hu (h) os meꝯ olhꝯ nō podē veer
Ou como Podala fazer Tardada
Ca nūca tā g̃ra marauilha ui
Poder meu amigo uiuer mi
E par ds̄ e cousa mui des guisada
 
Amiga estadora calada
Hū pōco e leixa damī dizer
ꝑ quanteu sey certe possentēder
Nūca no mūdo foy molher amada
Come uos deuoss amigue assy
Se el tarda sol nō e culpadi
Senō eu q̄rē ficar pº culpada
 
Ay amiga eu ando Tā coytada
Que sol 1 possē mi Tomar prazer
Cuydandē comosse pode fazer
Que nō e ia comigo de Tornada
E par ds̄ pᵉ q̄ o nō ueiaqui
Que e morto g̃ra sospeyta tomi
Esse morte mal dia eu fui nada
 
Amiga fremosa e mesurada
Nōuꝯ digueu q̄ nō pode seer
Vossamigo Poys home de moirer
Mays pᵉ ds̄ nō seyades sospeytada
Doutro mal del ca desquandeu nacy
Nūca doutrome tā leal oy
Falar e ꝙ̄ endal diz nō diz nada

V


  Amiga façome marauilhada  
    como pode meu amigo uiuer  
    hu os meꝯ olhos nō poden ueer  
    ou como podala fazer tardada  
    ca nunca tan gram marauilha ui  
    poder meu amigo uiuer sen mi  
    epar deꝯ ecousa mui desguisada  
     
  Amiga estadora calada  
    hun pouco eleixa damī dizer  
    per quāteu sey certe possentē der  
    nūca no mūdo foy molher amada  
    come uos deuossamigue assy  
    se el tarda sol nō e culpadi  
    se nō eu q̄rē ficar pᵉ culpada  
       
  Ay amiga eu ando tā coytada  
    q̄ sol nō possēmi tomar prazer  
    cuydanden comosse pode fazer  
    q̄ nō e ia comigo de tornada  
    epar đs pᵉ q̄ o nō ueia qui  
    q̄ e morto g̃m sospeyta tom  
    esse morte mal dia eu fuy nada  
     
  Amiga fremosa emesurada  
    nō uꝯ digueu q̄ nō pode seer  
    uossamigo pois home de morrer  
    mays pᵉ đs nō seiades sospeytada  
    doutro mal del ca desquādeu naçi  
    nūca doutrome tā leal oy  
    falar e ꝙ̄ endal diz nō diz nada  
  1. ^

    O <o> final e o trazo de abreviatura están algo apagados no manuscrito.