747 [= Tav 127,1]: Pero Gomez Barroso «Amiga, quero-vos eu ja dizer» [B 732, V 333]

Transcrición paleográficaImprimir

B


Amiga quero uꝯ eu ia dizer
oquemj disso meu amigo  
que moire quando non e comigo  
cuydando sempre no meu parecer1  
Mays eu nō cuydo se el cuydasse  
enmj que tāto seu mj morasse  
   
Nuncalhi ia creerey uulharē  
poys tāto tarda se d’s mj ꝑdon  
e diz ca moire desto ca dal nō  
cuydanden quāto mjd’s fez bē  
Mays eu nō cuydo se el cuy.  
   
Por q̄ tā muyto tarda desta uez  
seu pouq̄ pouco se uay ꝑdeudo  
comigue diz el q̄ iaz moirēdo  
cuydanden quā fremosa med’s fez  
Mais eu nō cuydo  
   
E nō sey rē pᵉ q̄ el ficasse2  
q̄ nō uehesse selheu uēbrasse

V


Amiga querouꝯ eu ia dizer
o que mi disso meu amigo  
que morre quando non e comigo  
cuydando sempre no meu parecer  
mays eu nō cuydo se el cuydasse  
en mi que tāto sen mi morasse.  
   
Nuncalhi ia creerey nulha rē  
poys tanto tarda se đs mi ꝑdon  
ediz ca morre desto ca dal nō  
cuydanden quanto mi đs fezdeben  
mays eu nō cuydo se el cuy  
   
Por q̄ tā muyto tarda desta uez  
seu pouq̄ pouco se uay perdendo  
comigue diz el q̄ iaz morrendo  
cuydanden quā fremosa me đs fez  
mays eu nō cuydo.  
   
E nō sey rē pᵉ q̄ el ficasse  
q̄ nō uehesse selheu nēbrasse.
  1. ^

    As tres últimas grafías lense con dificultade por causa dunha mancha de tinta.

  2. ^

    Colocci marcou os dous versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda.