861 [= Tav 73,2]: Joan Meendiz de Briteiros «Deus, que leda que m’esta noite vi» [B 865, V 451]

Transcrición paleográficaImprimir

B


Deus que leda que mes ta noyte uy
amiga en hun Sonho ssonho q̄ sonhey  
ca sonhaua en como uos direy  
que me dizia meu amiga ssy  
ffaladamigay meu lume meu bē  
   
Non foy no mūdo tan leda molher  
en sonho nē podia seer  
ca ssonhey q̄ me ueerad’s diz’  
aq̄l q̄ me milhor q̄ assy q̄r  
ffalade migo  
   
Desq̄ mesꝑtey ouuj gr̄a pesar  
ca em tal sonho auia gr̄a sabor  
como rrogar me por nr̄o senhr  
o que me sabe mais q̄ssy amar  
ffalade migo  
   
E poys mespertey foy ad’s rrogar1  
q̄ me ssa cassa q̄ste sonha bem

V


Deus que leda que mes ta noyte uy
amiga en hun sonho que ssonho que sonhey  
ca sonhaua en como uos direy  
que me dizia meu amigassy  
ffala damigay meu lume meu ben  
   
Non foy no mundo tan leda molher  
en sonho nē no podia seer  
ca ssonhey q̄ me ueerađs diz̃  
aq̄l q̄ milhor q̄ assy q̄r  
ffalade migo.  
   
Desq̄ mespertey ouiu grā pesar  
ca em tal sonho auia grā sabor  
como rrogar me por nr̄o senõ  
o que me sabe mais q̄ ssy amar  
ffalade migo  
   
E poys mesper tey foy ađs rrogar  
q̄ me ssa cassa q̄ste sonha bem
  1. ^

    Colocci marcou os versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda.