1199 [= Tav 90,1]: Martin Campina «Diz meu amigo que eu o mandei» [B 1183, V 788]

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B


  Diz meu amigo q̄ eu o mandei  
  Hir amiga quandossel foy daqui  
  E selho sol dixi nen seo vi  
  Nō ueia praz’ do pesar q̄ ey  
  E se mel ten torto en mho dizer  
  Veiassel cedaqui en meu poder  
     
  E uedes amiga do q̄ me mal  
  Dizē os q̄o uirō comel diz  
  Q̄o mandei hir esseo eu fiz  
  Nunca delaia d’ito nē dal  
  E ssemel Torto  
     
  E q̄ grã Torto q̄ magora tē  
  En dizer amiga ꝑ boā fe  
  Q̄o mandey hir esse ass y e  
  Como mel busca mal  
  Busq̄le eu bē  
  E sse mel  
     
  E sse el uē a qui a meu poder1  
  Pᵉgūtharlhei quēlho mādou dizer  

V


  Diz meu amigo que eu (l?)2 o mandey  
  hu amiga quandossel foy daqui  
  e selho sol di(z)\x/i3 nen seo ui  
  non ueia prazer do pesar que ey  
  e semel ten torto en mho dizer  
  ueiassel cedaqui en meu poder.  
     
  E uedes amiga do q̄ me mal   
  dizē os q̄o iurō comel diz  
  q̄ o mandei hir esseo eu fiz  
  nūca delaia d’ito nē dal  
  essemel torto.  
     
  E q̄ g̃m torto q̄magora tē  
  en dizer amiga ꝑ boā fe  
  q̄ o mandey hir esse assy e  
  como mel busca mal  
  busqelhe eu ben  
  e ssemel.  
     
  E sse el uen aqⁱ a meu poder  
  p̃guntarlhey quē lho mādou dizer.  
  1. ^

    Colocci marcou os versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda en forma de chave.

  2. ^

    Anulado un carácter un trazo de pluma.

  3. ^

    O carácter foi anulado cun trazo de pluma.