1098 [= RM 116,17]: Pedr'Amigo de Sevilha «Meu Senhor Deus, pois me tan muit’amar» [B 1096, V 687]

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B


  Meu senhor deꝯ poysme tā muytamar  
  Fezestes quam muytamo hunha molher  
  Rogueuꝯ outrē quantoxi quiser  
  Cauꝯ nō q̄reu mays desto rogar  
  Meu senhor ds̄ seuꝯ en prazer for  
  Q̄ mha façades auer por senhor  
     
  Esta dona q̄ mi faz muyto mal  
  Pᵉ q̄me no qⁱs nē q̄r q̄ seia seu  
  Nōme senhor mays grã coita miǀdeu  
  E pᵉ estouꝯ rogue nō pᵉ al  
  Meu senhor ds̄ seuꝯ ē praz’ for  
     
  Tal bē lhi quero no meu coraçō  
  Q̄ uꝯ nō rogarey pᵉ outro bē  
  Q̄ mi façades nē pᵉ outra rē  
  Mais pᵉ tanto uꝯ rogue pᵉ al nō  
  Meu senhor  
     
  Ca sey q̄ nō e tā forço samor1  
  Q̄ me mate se machar cō senhor  

V


  Meu senhor deꝯ poysme tā muytamar  
  fezestes quā muytamo hunha moler  
  rogueuꝯ outren quantoxi quiser  
  cauꝯ nō quereu mays desto rogar  
  meu senhor deꝯ seuꝯ en prazer for  
  q̄ mha fazades auer por senhor  
     
  Esta dona q̄ mi faz muyto mal  
  pᵉq̄ me nō qⁱs nē q̄r q̄ seia seu  
  nō me senhor mays grā coyta mi deu  
  epᵉ estouꝯ rogue nō pᵉ al  
  meu senhᵉ đs seuꝯ en praz̃ for.  
     
  Tal benlhi q̄ro no meu corazon  
  q̄uꝯ nō rogarey pᵉ outᵒ bē  
  q̄mi fazades nē pᵉ out̃ rē  
  mays pᵉ tāto uꝯ rogue pᵉ al nō  
  meu senhᵉ.  
     
  Ca sey q̄ nō e tā forzo samor  
  q̄ me mate semachar cō senhor  
  1. ^

    Colocci indicou na marxe que estes dous versos constituían a fiinda (ꝯged) da cantiga copiada na columna a antes da rúbrica atributiva que encabeza esta columna b. Marcou os dous versos tamén coa habitual liña vertical.