483 [= RM 18,33]: Afonso X «Pero da Pont’á feito gran pecado» [B 485, V 68]

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B


Pero da ponta fcō gran pecado
Desseus cantares q̄ el foy furtar
A cōta q̄ qʷnto el lazerando
Ouue grā tempo elxos q̄r lograr
E doutᵒs muytes q̄ nō sey contar
Por q̄oiando uistido eonrrado
 
E porem foy cotō mal dia nado
pois pero da ponte erda seu tᵒbar
emuj mais lhi ualera q̄ trobado
nūca ouuessel assy ds̄ manpar
pois q̄ sse dequātel foy lazedo
sserue dom pedro enō lhi da emg̃do
 
E com de’ito seer em fforcado
deue dō pedro por q̄ foy filhar
a cotō pois lo ouue Soterrado
sseus cantar̄s enō qⁱs ēn dar
huū ssco pera ssaalma qⁱtar
seq̄r do q̄lhy auia en p’stado
 
 
Eporende grā traedor prouado
deq̄sse ia uūca pode ssaluaʳ
com̄ ꝙʷ asseu amigo jurado
beuendo cō ele offoy matartado
poles cātar̄s del leuar
come eq̄ o ianda arruffado
 
E pois nō a quē no poren rretar
q̄yra seera oy mais poʳ mj̄ rretado

V


  Pero da ponta fcō gran pecado  
    de sseus cantares q̄ el foy furtar  
    a cōta q̄ q̄nto el lazerando  
    ouue grā tempo elxos q̄r log\r/ar  
    edoutºs muytes q̄ nō sey contar  
    por q̄o iando uisti do e onrrado  
     
  E porem foy cōto maldia nado  
    pois pero da ponte erda seu tºbar  
    emuj mais lhi ualera q̄ trobado  
    nūca ouuessel assy đs manpar  
    pois q̄ sse de quātel foy la  
    erado sserue dom pedro enō lhi da em g̃do  
     
  E com derito seer em fforçado  
    deue dō pedro por q̄ foy  
    filhar acotō poislo ouue  
    soterrado sseus cantaj̄s  
    enō qⁱs en̄ dar huū ssdo pera  
    ssa alma qⁱtar  
    se q̄r do q̄lhy auia enp̃stado  
     
  E ꝑ urende grā traedor prouado  
    de q̄rreia nūca pode ssaluaʳ  
    com̄ ꝙ̄ asseu amigo jurado beuendo  
    cō ele offoy matar trid poles cātar̄s  
    Del leuar come eq̄ o ianda arruffado  
     
     
  E pois nō a quē no poren rrecar  
    q̄yra seera oy mais poʳ mj̄ rretado