680 [= Tav 75,18 (= 152,9)]: Joan Perez d'Avoin «Quando se foi noutro dia d’aqui» [B 665, V 267]

Transcrición paleográficaImprimir

B


Qn̄do se foy noutro dia daqui
O meu amigo roguey lheu por ds̄  
Chorando muyto destes olhos meꝯ  
Que nō tardasse dissemel assy  
Que nunca deꝯ lhi desse de mi bē  
Se nō vehesse mui cede nō vē  
   
Quando se foy noutro dia q̄ nō  
Pudal fazer dixilheu se tardar  
Qisesse muyto q̄ nūca falar  
Podia migue dissemel enton  
Que nunca ⸫⸻  
   
Non sey q̄xestou q̄ pode seer  
Pe q̄ non vē poys q̄lho eu roguey  
Ca el mi disse comouꝯ direy  
E sol nō meteu hi de nō poder  
Que nunca ds̄ lhi desse⸫⸻  
   
Nō sey q̄ diga tātome grā mal  
Do meu amigo de como moireu  
Cami dissel husse demi qitou  
E non sacou en de  morte nē al  
Que nūca lhi ds̄ ⸫⸻

V


Quando se foy noutro dia daqui
   omeu amigo roguey lheu por deꝯ  
  chorando muyto destes olhos meꝯ  
  que nō tardasse dissemel assy  
  que nūca deꝯ lhi desse demi bē  
  se nō uehesse mui cede nō nen  
     
Quando se foy noutro dia q̄ non  
  pudal fazer dixilheu se tardar  
  qⁱsesse muyto q̄ nūca falar  
  podia mi que disse mel enton  
  que nūca.  
     
Non sey q̄xestou q̄ pode seer  
  pᵉ q̄ nō uē poys q̄lho eu roguey  
  ca el mi disse comouꝯ direy  
  esol nō meteu hi denō poder  
  que nūca đs lhi desse.  
     
Non sey q̄ dica tātome grā mal  
  do meu amigo de como morreu  
  cami dissel husse demi qⁱtou  
  enō sacou eu de morte nē al  
  que nūca lhi đs.