636 [= RM 30,32]: Estevan da Guarda «Sempr’eu, senhor, mia morte receei» [B 621, V 222]

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B


Senpr eu senhor ma morte
Ireceey Mays doutʳ irē & ia ꝑ boa fe
Nona irece euedes por q̄ he
Por aquesto q̄ uos ora dyrey
A g̃ra coita q̄ por uos ey senhor
Me faz perder de mha mʳte pauor
 
Cuydaua meu q̄ sempᵉ de temer
Ou uess amorte q̄ sempre temi
Mays ora ia senhor nō estassy
Por aquesto q̄uꝯ q̄ro dizʳ
A g̃ra coita q̄. P. v.
 
Nōme pasaua sol ꝑ curaçō
Que eu podesse da morte per irē
Perder pauor mays ora ueio bē
Que o nō ey et uedes porq̄ nō
A g̃ra coyta
 
Que eu senprouue pards̄ mha senhor
Muyto me foy deo perder peor1

V


  Senpr eu senhor mha m̃te rreceey  
    mais dout̃ rrē ꞇ ia per bōa fe  
    nona rrece edes por que he  
    por aquesto q̄ uos ora dyrey  
    a grā coyta q̄ por uos ey senhor  
    me faz ꝑder de mha m̄te pauor  
     
  Cuydauameu q̄ senp̄ de temer  
    ou uess amorte q̄ senp̄ temi  
    mais ara ia senhor nō estasy  
    por aquesto q̄uꝯq̄ro diz̄  
    agrā coyta q̄. p. u.  
     
  Nō me pasaua sol ꝑ curaçō  
    q̄ eu podesse da morte per rrē  
    perder pauor mais ora ueio bē  
    q̄ o nō ey et uedes por q̄ nō  
    agrā coyta  
     
  Que eu senprouue parđs mha senhor  
    muyto me foy deo ꝑder peor  
  1. ^

    Colocci marcou os dous versos da fiinda cunha liña abranxente en vertical, á esquerda.