1024 [= RM 63,79]: Joan Airas de Santiago «Vai-s’, amiga, meu amigo d’aqui» [B 1020, V 610]

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B


  V ay ssa miga meu amigo daqui
  Triste ca diz que nunca lhi fiz ben  
  Mays seo uirdes ou ante uos uen  
  Dizedelhi calhi digueu  
  Assy que se uenha muy cede se ueer  
  Cedo que sera comodeꝯ quiser  
     
  Per bōa fe non lhi posseu fazer  
  Ben e uay triste no seu coracon  
  Mays seo uirdes se d’s uꝯ perdon  
       Dizedelhi quelhi mandeu dizer  
⌈cedoQuessera1  
     
  Queixassel e diz que sempre foy meu  
  E diz que e gram d’eyto per bōa fe  
    E non lhi fiz ben etē que mal e  
  Mays dizedelhi uos quelhi digueu  
  Ou se nenha cede. se ueher (cedo)  
  Cedo2  
     
  E nōsse queixe ca nōlha mester  
  E filheo ben quando lho d’s dar

V


Vayssamiga meu amigo daqui
triste ca diz que nuncalhi fiz ben  
mays seo uirdes ou ante uos uen  
dizedelhi calhi digueu assi  
que se uenha muy cede se ueer  
cedo que sera como deus quiser  
   
Per bōa fe nōlhi posseu fazer  
ben e uay triste uo seu corazon3  
mays seo uirdes se đs uꝯ perdon  
dizedelhi q̄lhi mandeu dizer  
q̄ sse.  
   
Queixassel e diz que sem foy meu  
e diz q̄ e g̃m deȳto per boā fe  
enōlhi fiz ben erē q̄ mal e  
mays dizedelhi uos q̄lhi digueu  
ou se uenha cede se ueher cedo  
 
   
E nō sse q̄ixe ca nōlha mester  
e filheo bē quando lho đs der
  1. ^

    Colocci completou a parte do texto que faltaba.

  2. ^

    Colocci cancelou esta palabra no final da liña anterior e escribiuna aquí, coa habitual marca en ángulo para indicar que é o verso inicial do refrán.

  3. ^

    O <z> parece ter sido primeiro esquecido e despois escrito entre o <a> e o <o>.